DOW JONES 100 ANOS

BOLSA POR UM SÉCULO Os mercados com ativos negociados em Bolsas pelo planeta afora, passam por uma crítica situação. Por um longo tempo as ações subiram de forma intensa, enriquecendo, teoricamente milhares de pessoas. Digo teoricamente porque a riqueza só se concretiza quando se vende um ativo com lucro. Enquanto os ativos estão encarteirados, o lucro é apenas contábil. A situação que se observa no momento, é a de uma grande distribuição, com os investidores ianques saindo de suas posições vagarosamente, para não assustar os torcedores da alta. O gráfico aqui postado mostra o índice Dow Jones desde o ano de 1900. Observa-se uma alta íngreme, com uma Linha de Suporte de mais ou menos 70 graus de inclinação. W. D. Gann, famoso trader do início do século passado, e grande teórico sobre os movimentos das Bolsas, preconizava que linhas de Suporte ou Resistência deveriam ser de 45 graus. Dentro desta ótica uma correção deverá ocorrer nos próximos anos. Ressaltar que o Dow Jones está em um movimento lateral por um bom período, parecendo ocorrer uma Distribuição das ações. Não estou sendo pessimista neste momento; apenas realista. As Bolsas não podem subir continuamente, pois isto provocaria uma transferência de moeda de ativos para investimento em direção às Bolsas de valores. Vale lembrar que as Bolsas não criam riquezas. Só quando as empresas captam recursos via IPOs (abertura de capital ou chamada secundária de capital), é que as Bolsas cumprem seu papel de alavancagem de crescimento da economia. A Bolsa de Valores no Brasil (BMF&BOVESPA) ainda é incipiente. Movimentando há uns três anos um volume financeiro de US$ 3 bilhões por dia (menos que o montante negociado pelos ADRs de empresas brasileiras na NYSE), e com apenas 550 mil investidores cadastrados, pode-se dizer que a nossa Bolsa ainda é uma criança ensaiando seus primeiros passos. O investidor iniciante, chamado pequeno investidor, só virá para os mercados de risco quando vislumbrar a possibilidade de ganhar dinheiro na Bolsa. Enquanto perder, irá se afastar e falar mal do mercado. Educação é a palavra chave. Enquanto as instituições participantes do mercado, não se conscientizarem de que devem dar mais educação aos investidores, deixando de lado a posição de fazer das pessoas que estão na fila meros espectadores (no lema do ¨o próximo¨) a Bolsa brasileira não crescerá. Espero estar errado nesta análise, mas pelo gráfico do Dow Jones teremos chuvas e trovoadas nos próximos anos. Em tempo - no gráfico podemos ver a formação de duas figuras de baixa: 1) Pá de Ventilador; 2) Ombro-Cabeça-Ombro. Olho vivo pq quem tem olho grande não entra na China. (Gráfico cortesia de StockCharts,com).