sábado, 23 de junho de 2012

BOVESPA DESVALORIZA NA SEMANA

O Ibovespa perdeu força e fechou a semana entre os dias 18 e 22 de junho em desvalorização de 1,19% aos 55.439 pontos, interrompendo três semanas consecutivas de ganhos. Embora a vitória do partido conservador na Grécia tenha dado um alívio no início da semana, o clima permaneceu de aversão ao risco com os indicadores dos maiores países do mundo reforçando os sinais da desaceleração econômica. O desenrolar da crise da Zona do Euro também seguiu no foco do mercado diante de uma série de encontros realizados em uma tentativa de encontrar uma solução para o problema enfrentado pelos países do bloco de moeda única. A reunião do G20, grupo das 19 maiores economias mundiais e União Europeia, terminou com o novo aporte de recursos dos BRICs (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) ao FMI (Fundo Monetário Internacional), no valor de US$ 85 bilhões. Já os líderes europeus concordaram sobre a necessidade de adotar medidas de estímulo ao crescimento econômico durante reunião realizada em Roma. Além disso, Angela Merkel, chanceler alemã, sinalizou retirar oposição para a utilização dos recursos dos fundos de estabilização para compra de títulos de países em crise, enquanto o governo da Espanha deve formalizar resgate aos bancos durante reunião do Eurogrupo na semana que vem, com o pedido podendo chegar a € 62 bilhões, segundo mostraram as auditorias contratadas pelo governo. Também repercutiu o rebaixamento de 15 bancos realizados pela Moody's, enquanto o BCE (Banco Central Europeu) deu as caras ao anunciar novas regras para facilitar o empréstimo da Zona do Euro. Aversão ao risco pressiona mercado Para a semana entre os dias 25 e 29 de junho, os analistas afirmam que o Ibovespa deve traçar novo período de desvalorização, embora possa apresentar alguns repiques de alta durante a semana. Para o o analista Daniel Moraes, da InvestPort., os mercados vão continuar discutindo o afrouxamento monetário nos principais bancos mundiais, enquanto os indicadores econômicos devem trazer a necessidade de novas ações de estímulo à economia mundial. Com os dados dos Estados Unidos vindo abaixo das projeções na última semana, elevou a expectativa dos investidores para nova rodada do Quatitative Easing pelo banco central norte-americano, uma vez que a continuidade da Operação Twist não trouxe o efeito esperado no mercado. Além disso, com o cenário nebuloso para o crescimento econômico do Reino Unido e a crise da Zona do Euro em curso, os especialistas de mercado sugerem que a próxima reunião do BoE (Bank of England), que será realizada no mês de julho, resultará no aumento em £ 50 bilhões do programa de compra de ativos do governo. Indicadores negativos Para o analista Ivanor Torres, da Geral Investimentos, "qualquer movimento deve ter um reflexo no curtíssimo prazo, mas o estrago já foi feito", com a queda na atividade industrial das principais potências do mundo. Esta desaceleração econômica pode levar o Ibovespa abaixo dos 55.000 pontos no curto prazo. Por aqui, os indicadores da semana devem continuar mostrando desaceleração do crescimento, com o Boletim Focus devendo mostrar a sétima revisão para baixo da expansão do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, disse Moraes. Contudo, ele acredita que já no próximo mês o Focus talvez volte a apresentar uma nova alta da projeção econômica. O analista acredita que a economia vai crescer 2,5% em 2012, bem acima da fraca expansão de 1,5% projetada pelo Credit Suisse. Já do lado do consumidor, a história é diferente, devendo seguir com o desempenho positivo, disse o analista. Publicado por INFOMONEY.

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