BOVESPA SOBE NA CONTRAMÃO INTERNACIONAL

Descolado das bolsas internacionais, o Ibovespa fechou esta quarta-feira (13) com alta de 1,09%, aos 55.650 pontos. Em dia bastante volátil, o índice caiu 0,96% durante a manhã, mas se recuperou na parte da tarde e chegou a subir 1,71% na sua máxima do intraday. O giro financeiro foi de R$ 7,91 bilhões. O mercado mostrou-se temeroso com a possibilidade do Chipre possa a ser o próximo a precisar recapitalizar os seus bancos - o país teria buscado um financiamento de € 4 bilhões para tal. O setor bancário dos países do PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha) preocupa. Eles podem ser bastante afetados caso a Grécia saia da Zona do Euro, avaliou a Fitch Ratings. Além disso, outra agência de classificação de risco, a Egan Jones, cortou o rating da Espanha. Indicadores Na agenda econômica desta sessão, a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) divulgou o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que marcou inflação de 0,8% na primeira semana de junho. Por fim, o fluxo cambial brasileiro até a segunda semana de junho, terminada no último dia 8, apontou saldo positivo de US$ 843 milhões, segundo dados do Banco Central. Nos EUA, as vendas no varejo registraram queda de 0,2% no mês de maio, em linha com o esperado pelo consenso do mercado, enquanto os estoques de empresas terminaram abril com um avanço de 0,4%, acima das expectativas do mercado. Já o índice de preços ao produtor do país apontou deflação de 1,0% em maio e os estoques de petróleo no país ficaram praticamente estáveis no período entre 4 e 8 de junho. Por fim, a produção industrial da Zona do Euro registrou queda de 0,8% em abril. Bolsas Internacionais Nos EUA, o índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia norte-americanas, fechou em baixa de 0,86% e atingiu 2.819 pontos. Seguindo esta tendência, o índice S&P 500 desvalorizou-se 0,70% a 1.315 pontos, da mesma forma, o índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, caiu 0,62% a 12.496 pontos. Na Europa, o índice CAC 40, da bolsa de Paris, registrou baixa de 0,55% e atingiu 3.030 pontos; no mesmo sentido, o índice DAX 30, da bolsa de Frankfurt, desvalorizou-se 0,14% a 6.152 pontos. Por outro lado, o FTSE 100 da bolsa de Londres fechou em leve alta de 0,18%, atingindo 5.484 pontos. Dólar Ganhando forças no final da sessão, o dólar comercial inverteu o sentido apontado na abertura da sessão desta quarta-feira (13). Com isso, a divisa norte-americana encerrou essa quarta-feira com valorização de 0,32%, cotado a R$ 2,0717 na venda, repercutindo principalmente o cenário externo. Renda Fixa As taxas dos principais contratos de juros futuros fecharam em queda. O contrato de juros de maior liquidez nesta quarta-feira, com vencimento em janeiro de 2014, registrou uma taxa de 8,01%, 0,05 ponto percentual abaixo do fechamento de terça-feira. No mercado de títulos da dívida externa, o título brasileiro mais líquido, o Global 40, fechou em queda de 0,22%, a 129,83% do valor de face. Já o indicador de risco-País avançou 1 ponto-base nesta sessão, aos 214 pontos. Agenda da próxima sessão Na agenda de indicadores da próxima quinta-feira (14), a única referência deve ficar com a divulgação da Pesquisa Mensal do Comércio referente ao mês de abril. Já na agenda norte-americana, o destaque fica com a divulgação dos dados das transações correntes norte-americanas referentes ao primeiro trimestre consolidado. Além disso, serão relevados o CPI (Consumer Price Index) e o Initial Claims, que mede o número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA. Publicado por INFOMONEY