segunda-feira, 25 de junho de 2012

BOVESPA TRAVA E CONTÉM A QUEDA

Com o sistema travado desde as 13h13 (horário de Brasília), o Ibovespa caiu 2,95% nesta segunda-feira (25), terminando aos 53.805 pontos. Essa foi a maior queda do índice desde 17 de maio, quando recuou 3,31%. A trava gerou restrição nas negociações, já que pessoas físicas perderam sua principal ferramenta de investimentos - o homebroker. O giro financeiro foi de R$ 3,65 bilhões. O índice teve a queda puxada pelo mau desempenho das ações da Petrobras (PETR3; PETR4). Os papéis ordinários recuaram 8,33%, terminando a sessão aos R$ 18,48. Já as ações preferenciais, tiveram desvalorização 8,95%, cotados a R$ 17,80 no final da sessão. Os ativos da petrolífera responderam negativamente ao reajuste de 7,83% no preço da gasolina, abaixo do que era esperado. Refletiu ainda sobre o desempenho dos papéis a revisão negativa das metas de produção na apresentação de seus planos de negócios de 2012 a 2016. Europa em foco A semana começou com dois pedidos por pacotes de resgate: a Espanha formalizou o pedido que já era esperado, enquanto o Chipre pediu dinheiro para contornar os efeitos negativos da desaceleração econômica grega. Contudo, a reunião de cúpula da União Europeia deve ser a principal referência do mercado nesta semana. De acordo com o megainvestidor George Soros, um fracasso nessa reunião deve representar o fim da Zona do Euro. O primeiro-ministro grego não deve ir à reunião, por motivos de saúde. Já o ministro de finanças grego, Vassilis Rapanos, que iria à reunião, renunciou ao cargo nesta segunda - também por motivos de saúde. Agenda movimentada Na agenda de indicadores dessa segunda-feira, o Banco Central mostrou que a DPMFi (Dívida Pública Mobiliária Federal Interna) avançou R$ 39 bilhões em maio. Já o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) referente à terceira quadrissemana de junho, que marcou inflação de 0,16%, enquanto o Indicador de Atividade Econômica (PIB Mensal) de abril da Serasa mostrou estabilidade na passagem mensal. O mercado ainda contou com a divulgação do Relatório Focus, que segue reduzindo a projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2012. Por fim, a balança comercial do Brasil com o exterior teve saldo negativo de US$ 119 milhões. Nos Estados Unidos, o destaque da agenda ficou com o New Home Sales de maio, mostrando ao mercado que as vendas de casas novas superaram as expectativas. Para o estrategista do Goldman Sachs, Jim O'Neill, a desaceleração econômica dos EUA é uma ameaça maior aos mercados do que a crise europeia.

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