BOVESPA DE NOVO EM BAIXA

Instável durante a sessão, o Ibovespa fechou em queda de 0,25%, terminando aos 53.569 pontos. Após alternar entre perdas e ganhos no aguardo pelo resultado da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o índice consolidou-se no campo negativo após a divulgação da ata da última reunião do Fomc (Federal Open Market Committee). O giro financeiro foi de R$ 5,8 bilhões. A reunião serviu para trazer pessimismo aos mercados internacionais, após a ata mostrar que apenas 4 dos 12 membros do comitê pensaram em um novo Quantative Easing, mesmo em um cenário de desaceleração econômica - que levou a revisão na perspectiva de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) por parte do Fomc. Na Zona do Euro, o destaque foi a Espanha. O país anunciou novos cortes de € 65 bilhões, em medidas de austeridade até 2014 com o intuito de atender às novas metas de déficit orçamentário acordadas com os líderes da Zona do Euro. Já a China destacou que deve priorizar investimentos e sinalizou novas medidas fiscais para reaquecer o crescimento econômico do país. Agora que os mercados já encerraram suas atividades nesta sessão, os investidores ficam no aguardo da decisão do Copom acerca da taxa básica de juro brasileira das próximas semanas. Segundo projeções compiladas pelo Portal InfoMoney, o comitê deve anunciar um novo corte de 50 pontos-base na Selic, que passará a ser de 8% ao ano. Destaque de ações As ações da Embraer (EMBR3) despencaram 7,27% - terminando a R$ 11,87 - após a divulgação da carteira de pedidos do trimestre, que apresentou queda de 12,2% frente ao que havia sido registrado no período anterior. As imobiliárias também não apresentaram boa sessão: Brookfield (BISA3), Rossi (RSID3) e Gafisa (GFSA3) estiveram entre as principais quedas da sessão ao perderem mais de 3% de valor de mercado cada. Agenda Na agenda nacional, repercutiram os dados sobre o fluxo cambial da 1º semana de julho, que apontou saldo positivo de US$ 396 milhões, segundo o BC. No saldo de 2012, o fluxo cambial atinge US$ 23,340 bilhões, resultado menor do que os US$ 40,734 bilhões vistos no mesmo período de 2011. Nos EUA, o destaque ficou por conta do déficit da balança comercial dos EUA, apurado em US$ 48,7 bilhões em abril, levemente abaixo do previsto. Por sua vez, o nível de estoques do atacado subiu 0,3% em maio na comparação mensal com ajuste sazonal - levando vários bancos a cortarem suas projeções do PIB do país. Bolsas Internacionais Nos EUA, o índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia norte-americanas , fechou em leve baixa de 0,49% e atingiu 2.888 pontos, seguindo esta tendência, o índice Dow Jones desvalorizou-se 0,38% a 12.605 pontos. Por outro lado, a S&P 500, que engloba as 500 principais empresas norte-americanas, fechou em leve baixa de 0,00% atingindo 1.341 pontos. Na Europa, o o índice DAX 30, da bolsa de Frankfurt, registrou leve alta de 0,24% e atingiu 6.454 pontos; enquanto o índice, FTSE 100 da bolsa de Londres, valorizou-se 0,01% a 5.664 pontos. Por outro lado, o CAC 40 da bolsa de Paris fechou em baixa de 0,57%, atingindo 3.157 pontos. Dólar O dólar comercial fechou em queda de 0,09%, terminando a R$ 2,0354 na venda. Renda Fixa As taxas dos principais contratos de juros futuros fecharam em queda. O contrato de juros de maior liquidez nesta quarta-feira, com vencimento em janeiro de 2013, registrou uma taxa de 7,47%, 0,03 ponto percentual abaixo do fechamento de terça-feira. No mercado de títulos da dívida externa, o título brasileiro mais líquido, o Global 40, fechou em alta de 0,24%, a 129,67% do valor de face. Já o indicador de risco-País teve queda de 7 pontos-base nesta sessão, aos 203 pontos. Agenda da próxima sessão Agenda movimentada na próxima quinta-feira (12). Por aqui, os investidores acompanham a divulgação do IBC-Br, uma espécie de prévia do PIB por parte do Banco Central. Nos EUA, o destaque fica com o Initial Claims, que mede os novos pedidos de auxílio-desemprego por lá e o Treasury Budget, o orçamento do Tesouro. Também serão conhecidos o Export e Import Prices. Na Ásia, o BC do Japão termina a reunião para definir o novo patamar da taxa de juro básica do país. Já na China, o destaque fica com a divulgação do PIB, as vendas no varejo e a produção industrial. Publicado por INFOMONEY.