sexta-feira, 27 de julho de 2012

MARIO DRAGOU A CRISE?

Com alta de 4,72%, Ibovespa tem melhor pregão desde 9 de agosto de 2011 Declaração de novas medidas de estímulo econômicos pelo presidente do BCE animou mercados; PIB dos EUA contribuiu para otimismo SÃO PAULO - Na esteira da declaração de novas medidas de estímulos pelo presidente do BCE (Banco Central Europeu), Mário Draghi, o Ibovespa registrou nesta sexta-feira (27) a sessão com maior ganhos desde 9 de agosto de 2011, subindo 4,72%, aos 56.553 pontos. O giro financeiro também impressionou, ao totalizar R$ 9,09 bilhões. As declarações de Draghi confirmaram os rumores do mercado pela adoção de novas medidas de estímulo para a Zona do Euro. Segundo notícia publicada pela Bloomberg, dentre as medidas que o presidente do BCE pretende realizar estão novas compras de bônus, redução da taxa de juro básica e novas rodadas de LTRO (Operação de Refinanciamento de Longo Prazo). Vale ressaltar que o benchmark da bolsa brasileira chegou a subir 5,63% após o anúncio dessas medidas. Vale destacar que a sessão desta sexta-feira já abriu no azul, repercutindo a publicação do jornal francês Le Monde, ao reportar que o BCE (Banco Central Europeu) e os fundos de resgate preparavam uma ação conjunta para comprar títulos públicos no mercado primário e secundário. Além disso, contribuiu para o entusiasmo do mercado a declaração da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente francês, François Hollande, de que farão tudo para defender a Zona do Euro. A agenda econômicos dos Estados Unidos também animou o mercado, com a primeira leitura do PIB do segundo trimestre mostrando avanço de 1,5%, contra expectativas que giravam em torno de 1,2%. Com isso, o desempenho da economia nos três primeiros meses do ano foi revisado para cima, de 1,9% para 2,0%. Ademais, a confiança dos consumidores por lá veio ligeiramente acima do esperado para julho. Ações nas alturas Boa parte das ações que fazem parte do Ibovespa fecharam no campo positivo. O grande destaque ficou para as ações da OGX (OGXP3), que lideraram os ganhos pelo índice registrando valorização de 12,75%, aos R$ 5,75. Deram sequência aos ganhos as ações preferenciais da Usiminas (USIM5, R$ 6,63, +11,06%), assim como as ordinárias da companhia (USIM3, R$ 7,56, 10,36%) e da Gafisa (GFSA3, R$ 2,57, +10,30%). Agenda doméstica Por aqui, a agenda não foi movimentada, influenciando pouco para o desempenho do índice na sessão. Entre os dados divulgados, o destaque da agenda foi a confiança da indústria, que mostrou recuo em julho. Bolsas Internacionais Com os sinais positivos vindos da Europa e dos EUA, as bolsas norte-americanos também fecharam em alta. O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia norte-americanas, fechou em alta de 2,24% e atingiu 2.958 pontos. Seguindo esta tendência, o índice S&P 500 valorizou-se 1,91% a 1.386 pontos, da mesma forma, o índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, subiu 1,46% a 13.076 pontos. Na Europa, o índice CAC 40 da bolsa de Paris registrou alta de 2,28% e atingiu 3.280 pontos; no mesmo sentido, o índice DAX 30 da bolsa de Frankfurt valorizou-se 1,62% chegando a 6.689 pontos e o FTSE 100, da bolsa de Londres, subiu 0,97% a 5.627 pontos. Dólar O dólar comercial fechou em alta de 0,05%, terminando a R$ 2,0233 na venda, apesar do maior otimismo no cenário internacional. Renda Fixa As taxas dos principais contratos de juros futuros fecharam em alta. O contrato de juros de maior liquidez nesta sexta-feira, com vencimento em janeiro de 2014, registrou uma taxa de 7,84%, com alta de 0,09 ponto percentual em relação ao fechamento de quinta-feira. No mercado de títulos da dívida externa, o título brasileiro mais líquido, o Global 40, fechou em alta de 0,05%, a 129,25% do valor de face. Já o indicador de risco-País teve queda de 11,82%, passando de 212 pontos na sessão anterior para 179 pontos. Agenda da próxima sessão Na agenda de indicadores econômicos de segunda-feira (30), a FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgará a terceira prévia de julho para o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado). Como ocorre tradicionalmente, o Banco Central divulga o Relatório Focus, que compila a opinião de instituições financeiras sobre os principais índices macroeconômicos. Já nos Estados Unidos, não serão divulgados indicadores relevantes.

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