terça-feira, 10 de julho de 2012

Petrobras põe duas refinarias no exterior à venda

A Petrobras estuda pôr à venda duas refinarias no exterior. A estratégia faz parte da intenção da empresa de se desfazer de ativos para levantar US$ 14,8 bilhões (R$ 30 bilhões) e, com isso, financiar seu plano de investimentos, cujo foco é a exploração dos campos do pré-sal no Brasil. Situadas no Japão e nos EUA, as unidades nunca tiveram o retorno esperado pela estatal. A Petrobras confirmou que avalia vender seus ativos de refino no exterior. O primeiro passo para se desfazer da refinaria de Pasadena (EUA) foi dado na semana passada, quando a estatal pagou US$ 821 milhões (R$ 1,7 bilhão) para encerrar disputa judicial com a ex-sócia Astra Oil. Ao todo, a refinaria, comprada em 2006, custou US$ 1,2 bilhão. A ideia inicial era processar na refinaria o óleo pesado produzido no país, mas a unidade nunca recebeu os investimentos necessários para tal adaptação. O mesmo ocorreu com a refinaria no Japão, comprada em 2008 por US$ 71 milhões. Ambas as unidades têm capacidade de produzir 100 mil barris diários de derivados. No Japão, o interesse da estatal também era criar um polo exportador de petróleo e derivados para a Ásia, dada a grande capacidade de estocagem e atracamento de navios da refinaria, situada perto de um terminal portuário. Nos dois casos, a Petrobras enfrentou o entrave de não estar em todos os elos da cadeia (do poço ao posto), o que torna difícil compensar perdas em outras operações. MARGENS EM QUEDA Segundo especialistas, as margens de lucro em refino estão em queda no mundo e há sobra de capacidade, o que dificulta o processo de venda das unidades. Além das refinarias, a estatal considera ainda vender participação minoritária numa distribuidora de energia na Argentina e busca parceiros para a exploração de blocos de petróleo dos quais detém a concessão nos EUA. A Petrobras diz que a maior parte do plano de venda de ativos, lançado em 2011, será executada ainda neste ano. A estatal já vendera 40% da distribuidora Gas Brasiliano (interior de SP) à Cemig e 50% de dois blocos exploratórios na Tanzânia à Shell. Folha de S.Paulo no do Silício

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