sábado, 9 de junho de 2012

Ibovespa conquista sua primeira semana de valorização desde abril

Quebrando uma sequência de seis quedas, o Ibovespa terminou a semana com ganhos de 1,92% no período entre 4 a 8 de junho, fechando esta sexta-feira (8) aos 54.276 pontos. Mesmo com a alta, o cenário continuou negativo para o mercado, principalmente por conta do agravamento da crise da Zona do Euro, sobretudo com a possibilidade da Grécia sair da Zona do Euro. Foi a Espanha, porém, que chamou a atenção. Em meio às dificuldades de renegociar suas dívidas, o país viu seu rating ser cortado em três notas pela agência de classificação Fitch na última quinta-feira. Diante disso, o governo local tem se mobilizado para recapitalizar seus bancos, podendo contar com a ajuda da UE (União Europeia) para tal. O mercado espera um pronunciamento neste sábado (9), quando está marcada uma reunião com os ministros de finanças da Zona do Euro para tratar sobre o assunto. Líderes comentam Europa Dois dos principais líderes mundiais comentaram a situação europeia durante a semana. Na sexta-feira, Barack Obama, presidente norte-americano, destacou que a resolução da situação no continente não é impossível, mas demanda agilidade. Na véspera, Angela Merkel, chanceler alemã, já havia destacado que os instrumentos para combater a crise já estavam prontos. Após o corte de rating da Espanha. Merkel destacou que algo tem de ser feito para reverter os problemas do continente. Destaques corporativos A ponta positiva do Ibovespa ficou com os papéis da Marfrig (MRFG3), que tiveram ganhos de 10,09% - terminando a R$ 9,60 cada. Já as ações da BM&FBovespa (BVMF3) tiveram alta de 9,12%, fechando aos R$ 10,29 cada, enquanto os papéis da Brasil Foods (BRFS3) avançaram 7,44%, valendo R$ 32,50. A ponta negativa ficou com os ativos preferenciais da Usiminas (USIM5), que recuaram 8,01% aos R$ 7,69. Os papéis ordinários ficaram na segunda colocação, com queda de 6,15% - terminando aos R$ 8,70. É válido destacar que as ações USIM3 mostraram a maior alta do pregão de sexta-feira (+8,48%), após o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) liberar a CSN (CSNA3) a negociar ações da empresa novamente. Outra ação que também chamou a atenção dos investidores nesta semana foi a Gafisa (GFSA3). Após iniciar a semana pressionadas pela necessidade de adquirir os 20% restantes da Alphaville, o papel engatou uma forte alta de 16,43% na sexta-feira, após decidir emitir ações para financiar a aquisição. Fora do índice, destaque para as ações da Cruzeiro do Sul (CZRS4) continuou, e os papéis perderam 51,32% de valor na semana. Novos cortes na Selic? No Brasil, chamou a atenção a desacelaração do ritmo inflacionário.O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de maio, que marcou taxa de 0,36%, abrindo espaço para novos cortes na taxa básica de juro, como destacado pelo BTG Pactual e pelo Itaú BBA. Essa percepção ganha forças principalmente após a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) divulgada nesta sexta, bem como pelos dados decepcionantes do PIB (Produto Interno Bruto) apresentados na semana passada. EUA: referências divegentes Nos EUA, as referências econômicas foram poucas e divergentes. Embora o mercado tenha reagido bem à divulgação do Livro Bege no meio da semana, que mostrou que apenas um distrito norte-americano apresentou desaceleração, o discurso do presidente do Federal Reseve, Ben Bernanke, não foi bem recebido pelo mercado, sobretudo ao afastar as chances de um novo pacote de estímulo à economia do país no curto prazo. Desaceleração na Ásia Passando para o continente asiático, onde a principal referência ficou com o surpreendente corte de 25 pontos-base na taxa básica de juros da China. É válido lembrar que o gigante asiático vem dando cada vez mais sinais de desaceleração. Nesta sexta-feira, o FMI (Fundo Monetário Internacional) projeta que a economia do país deverá crescer "apenas" 8% em 2012. E os impactos desse menor crescimento da China vem se refletindo nos seus principais parceiros comerciais. O Japão, por exemplo, revisou para cima o resultado do seu PIB do primeiro trimestre, passando de 4,1% para 4,7% no anualizado entre janeiro e março. Contudo, o saldo decepcionante em conta corrente no mês de abril coloca em xeque o quanto deve durar essa expansão da economia. Agenda da próxima semana Dentro da agenda para a segunda semana de junho, destaque para a divulgação de dados de inflação nos EUA, além de indicadores referentes aos setores industrial e varejista do país. Além disso, os dados do orçamento do país serão destaque na agenda da semana. No front doméstico, as atenções estarão voltadas para o IGP-10 (Índice Geral de Preços - 10) em junho e também para o vencimento de opções sobre o Ibovespa e os contratos futuros do índice. O Banco Central, por sua vez, reporta ainda nessa semana o IBC-BR (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) referente ao mês de abril. Este indicador tem a função de tentar antecipar o resultado do PIB e ajudar a autoridade monetária na definição da taxa básica de juros. Publicado por INFOMONEY

Um comentário:

  1. Ufa!

    Depois de ler tudo isso, penso com meus botões...E DAI?

    Pelo menos o meu trade system eu consigo entender um pouquinho, e ele me diz que tem bastante oportunidade de compra de ativos que ainda estão na fase de sobe.não.sobe os quais se realmente a bovespa subir ...eles sobem...

    Tenho operado nos 60 minutos para me garantir, se confirmar passo para o diário. É assim que estou agindo...E as PETR's... devo tomar um stop na 2a. mas OGX esta me alegrando mais, porem também nos 60 minutos! virou saiu!

    Prezado mestre, gostei da narrativa, porem eu pergunto...Quando tudo isso foi divulgado, os preços já tinham absorvido tudo... por isso eu pergunto: E dai? Nós uma casquinha de nóz na tormenta???

    At. Paulo Mesquita

    PS: me desculpe se as vezes posso parecer arrogante, mas é da natureza do ignorantes...

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